terça-feira, 19 de janeiro de 2010

OU NÓS DESTRUIMOS O CAPITALISMO, OU ELE ACABARÁ COM O PLANETA, TAL É SUA FACE PERVERSA, PREDATÓRIA E DESTRUTIVA.

A filosofia se põe a partir do momento da existência e reconhecimento do “ser posto”, concomitantemente, com o revelar-se e superar-se , num processo continuo e permanente diante das intempérides da natureza , tendo como principio posto o processo evolutivo em que vivemos. O processo evolutivo carrega nas suas entranhas a memória evolutiva dos seres existentes e dos homens no planeta.
Embora nossa referência filosófica Ocidental se dê a partir do mundo grego, outros povos existentes até então já refletiam sobre as mais variadas formas de vida em várias partes do mundo.
O berço da civilização e da consumação do homem enquanto ser biologicamente definido, tem seu saimento a partir do continente africano que “deve ser” a primeira matriz elaborativa, com uma rica mitologia ainda inexplorada e marginal ao contexto filosófico mundial , sem contudo, negar os outros conteúdos e formas do pensar filosófico.
Do ponto de vista cronológico, as bases da atual reflexão estão vinculadas ao “mundo pós-medieval”, onde o antropocentrismo se põe como novo paradigma de negação e afirmação diante do mundo moderno que acondicionado nas asas da imaginação e da incipiente ciência que toma a dianteira na aclaração de “fenômenos e concepções metafísicos” que estava e ainda esta permeando o imaginário popular, refreando o avanço científico.
Na medida em que o homem é o centro de tudo , a natureza e os seres viventes em tese, estão subordinados e submetidos a sua lógica , controle e poder.
Já no período contemporâneo, Karl Marx questiona essa lógica , dando um caráter coletivo aos indivíduos enquanto classe e afirma que a economia e os modos de produção são “fundamentais ” no entendimento e leitura do homem no mundo e afirma que o antagonismo de classe é uma espécie de motor da história e o pertencimento à essa classe é o combustível desse processo.
Ele Avança na centralização da filosofia ao combater as teses de Feuerbach, afirmando que o papel do Filósofo não é somente observar, se encantar, “contemplar”, conviver ou justificar sua existência no mundo posto.
O papel fundamental do filósofo em relevo (enquanto concepção coletiva) é transformar , transpor os limites, dar nova forma e conteúdo ao mundo existente.É revolucionar.
Se é atributo do homem “viver com” e transformar o mundo, ele não pode tratar com “estranhamento” a produção, a execução e o significado cosmológico de tudo que existe no planeta, como os seres vivos, animados e inanimados, macro ou microscopicamente .
Para Marx a categoria que vai conferir ao homem o papel de transformador do mundo em eu vivemos é o trabalho.
Conforme afirma Engels, “toda riqueza provém do trabalho.(...) a natureza proporciona os materiais que o trabalho transforma em riqueza.(...) podemos até afirmar que,sob determinado aspecto, o trabalho criou o próprio homem.(...)
Podemos perceber a enorme diferença entre a mão primitiva do macaco, inclusive a do antropóide mais evoluído, e a mão do homem . desenvolvida através de milhares de anos de trabalho.
(...) qual seria a característica distintiva entre a manada de macacos e a sociedade humana. e de novo respondemos: o trabalho.(adaptado de Engels, frederich . o papel do trabalho na transformação do macaco em homem, 2º ed. são paulo, global editora,1984,p.9-16.)
Ainda segundo Marx, “Uma aranha executa operações semelhantes às do tecelão,e a construção das colméias pelas abelhas atinge tal perfeição que envergonha muitos arquitetos. Mas o que distingue o pior dos arquitetos da melhor das abelhas é que ele projeta mentalmente a construção antes de realizá-la.
No final do processo de trabalho obtém-se um resultado que, desde o inicio, já existia na mente do trabalhador. Pois o homem não transforma apenas o material em que trabalha. Ele realiza no material o projeto que trazia em sua consciência. Isso exige, além do esforço físico dos órgãos que trabalham, uma vontade orientada para um objetivo, vontade que se manifesta pela atenção e controle das operações durante o tempo de trabalho “(Marx, Karl. O capital.1, seção iii, cap.V.)
Mesmo que de forma diferente e sem o domínio da repetição ou valor agregado no trabalho realizado, “O animal também produz.Faz um ninho, uma habitação, como as abelhas, os castores, as formigas etc. Mas só produz o que é estritamente necessário para si ou para suas crias. O animal produz apenas numa direção, ao passo que o homem produz universalmente. O animal produz unicamente sob a dominação da necessidade física imediata, enquanto o homem produz quando se encontra livre da necessidade física e só produz, verdadeiramente, na liberdade de tal necessidade”.(Karl Marx).
Se é verdade que o animal não elaboram nem reflete sobre os feitos “instintivamente”, (em que pese essa argumentação ser passível de novos desdobramentos e contestações), também é verdade que da mesma forma que o capitalismo produz o trabalhador alienado(o não pertencimento do que se produz), os animais não são “alienados” ( dentro do seu e nosso universo existencial) em relação ao que produzem, pois cuidam, zelam, procriam e defendem a própria cria .
Contudo, os homens não podem ser ou estar alienados em relação aquilo que ele a rigor não produziu, que são os seres existentes no nosso planeta.
No capitalismo os homens se apropriam dos produtos e bens produzidos pelos homens e pela natureza, bem como, das vidas dos seres, transformando tudo em mercadoria, pois o mercado absolutista e subordina tudo e a todos.
A batalha do Marxismo e da esquerda em geral é pela transformação do homem “velho em novo”, com valores e costumes, cultura e economia que respeita e leva em conta a defesa da vida em toda sua vasta dimensão.
A esquerda, diferentemente dos habites da burguesia deve criar as condições para que a habitabilidade no planeta se torne uma realidade objetiva , sem superioridade e arrogância diante da natureza e tudo que nela existe.
“Nós somos o resultado de processos cósmicos, planetários e biológicos anteriores ao nosso aparecimento. Somos os últimos a chegar. Entramos em cena quando já haviam transcorridos 99,98%da história do Universo.
Há 3,8 bilhões de anos, nossos antepassados eram micróbios nas fendas profundas dos oceanos. Há meio bilhões de anos éramos peixes. Há 235 milhões de anos éramos dinossauros. Há 150 milhões de anos éramos pássaros. Há 10 milhões de anos éramos primatas pulando alegremente de galho em galho nas florestas africanos. Há um milhão de anos éramos já plenamente humanos tentando domesticar o fogo. Há 100 mil anos enterrávamos com rituais e flores nossos mortos. Há 40.000 anos já nos comunicávamos com as linguagens elaboradas.
Há 10.000 anos fazíamos as primeiras plantações e domesticávamos cachorros e galinhas. Como a vida emergiu da terra, assim o ser humano emergiu da vida. Somos parentes e consangüíneos de todos os seres viventes do planeta.Entre os humanos e os chipanzés há, por exemplo,99,6% de genes ativos em comum.
A versão humana do cromossomo o difere da do macaco reso por um único aminoácido.
Das versões do cachorro, da rã, do bicho –de- seda e do trigo por 11,18,43 e 53 aminoácidos respectivamente”.(Boff, Leonardo. O Despertar da Águia: o diabólico e o simbólico na construção da realidade.Petrópolis,RJ:Vozes 1998. Pgs,124,129,130.)

Nesse sentido,é urgente uma nova mentalidade e compromisso na defesa e inclusão dos animais, ampliando e defendendo parte da declaração universal dos direitos dos mesmos que em vários artigos afirmam:
Arti.1º- Todos os animais nascem iguais e tem os mesmos direitos à existência.
(...)
Arti.3º. 1-nenhum animal será submetido nem a maus- tratos nem a atos cruéis.
(...)
Arti.4º.1-Todo animal pertencente a uma espécie selvagem tem o direito de viver livre no seu próprio ambiente natural, terrestre, aéreo ou aquático e tem direito de se reproduzir.
(...)
Arti.6º.
1-Todo animal que o homem escolheu para seu companheiro tem o direito a uma duração de vida conforme a sua longevidade natural.
2.O Abandono de um animal é um ato cruel e degradante.
(...)
Arti.9º(...)
(Publicado no livro de história , sociedade &cidadania, de Alfredo’ Buoulos, pag49)

O Artigo nono deve ser revogado, pois com os avanços das forças produtivas , já dispomos de alternativas alimentares e já não se justifica mais o sacrifício de animais.
O nosso compromisso e militância deve ser em defesa dos seres vivos, como principio universal.Todavia, essa defesa passa também pelos embates das lutas e dos conflitos de classes existentes, num contexto em que , OU NÓS DESTRUIMOS O CAPITALISMO, OU ELE ACABARÁ COM O PLANETA, TAL É SUA FACE PERVERSA, PREDATÓRIA E DESTRUTIVA.


Defender a vida dos humanimais é preciso!!!

Aldo Santos:Sindicalista, Presidente da Associação dos professores de filosofia e filósofos do Estado de São Paulo.Coordenador da corrente política da TLS e Membro da Executiva Estadual do Psol.(11/11/09)

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Nosso profundo sentimento e solidariedade para com a população do Haiti.

O povo do Haiti passa por uma das piores tragédias sociais , política e Econômica.Para piorar ainda mais essa situação, um terremoto de magnitude 7 na escala Richter assolou o país no dia 12de janeiro de 2010. Trata-se do pior terremoto nos últimos 200 anos.
Considerado o país mais pobre do continente americano e transformado num laboratório de situação de conflitos e limites sociais, esse povo como fênix ressurgirá das cinzas, levantará a cabeça e buscará seu ideal de um país livre,justo e liberto das agressões externas, inclusive da natureza (agredida pelo conteúdo predatório do capitalismo)
“O Brasil comanda cerca de 7 mil soldados da força de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, enviada ao país em 2004, e tem cerca de 1,3 mil homens na região. As Forças Armadas Brasileiras participaram do socorro às vítimas de furacões no país em 2004 e 2008.”(Com informações da EFE, da Associated Press e da Agência Brasil.)
Resguardadas as devidas caracterizações políticas sobre o papel do Brasil nessa missão, encaminho um relato que me enviaram para sua reflexão sobre os acontecimentos “in loco”.

“Haiti: estamos abandonados

A noite de ontem foi a coisa mais extraordinária de minha vida. Deitado do lado de fora da casa onde estamos hospedados, ao som das cantorias religiosas que tomaram lugar nas ruas ao redor e banhado por um estrelado e maravilhoso céu caribenho, imagens iam e vinham. No entanto, não escrevo este pequeno texto para alimentar a avidez sádica de um mundo já farto de imagens de sofrimento.

O que presenciamos ontem no Haiti foi muito mais do que um forte terremoto. Foi a destruição do centro de um país sempre renegado pelo mundo. Foi o resultado de intervenções, massacres e ocupações que sempre tentaram calar a primeira república negra do mundo. Os haitianos pagam diariamente por esta ousadia.

O que o Brasil e a ONU fizeram em seis anos de ocupação no Haiti? As casas feitas de areia, a falta de hospitais, a falta de escolas, o lixo. Alguns desses problemas foram resolvidos com a presença de milhares de militares de todo mundo?

A ONU gasta meio bilhão de dólares por ano para fazer do Haiti um teste de guerra. Ontem pela manhã estivemos no BRABATT, o principal Batalhão Brasileiro da Minustah. Quando questionado sobre o interesse militar brasileiro na ocupação haitiana, Coronel Bernardes não titubeou: o Haiti, sem dúvida, serve de laboratório (exatamente, laboratório) para os militares brasileiros conterem as rebeliões nas favelas cariocas. Infelizmente isto é o melhor que podemos fazer a este país.
Hoje, dia 13 de janeiro, o povo haitiano está se perguntando mais do que nunca: onde está a Minustah quando precisamos dela?

Posso responder a esta pergunta: a Minustah está removendo os escombros dos hotéis de luxo onde se hospedavam ricos hóspedes estrangeiros.
Longe de mim ser contra qualquer medida nesse sentido, mesmo porque, por sermos estrangeiros e brancos, também poderíamos necessitar de qualquer apoio que pudesse vir da Minustah.

A realidade, no entanto, já nos mostra o desfecho dessa tragédia – o povo haitiano será o último a ser atendido, e se possível. O que vimos pela cidade hoje e o que ouvimos dos haitianos é: estamos abandonados.

A polícia haitiana, frágil e pequena, já está cumprindo muito bem seu papel – resguardar supermercados destruídos de uma população pobre e faminta. Como de praxe, colocando a propriedade na frente da humanidade.

Me incomoda a ânsia por tragédias da mídia brasileira e internacional. Acho louvável a postura de nossa fotógrafa de não sair às ruas de Porto Príncipe para fotografar coisas destruídas e pessoas mortas. Acredito que nenhum de nós gostaria de compartilhar, um pouco que seja, o que passamos ontem.

Infelizmente precisamos de mais uma calamidade para notarmos a existência do Haiti. Para nós, que estamos aqui, a ligação com esse povo e esse país será agora ainda mais difícil de ser quebrada.

Espero que todos os que estão acompanhando o desenrolar desta tragédia também se atentem, antes tarde do que nunca, para este pequeno povo nesta pequena metade de ilha que deu a luz a uma criatividade, uma vontade de viver e uma luta tão invejáveis.”( Texto de Otávio Calegari Jorge - Pesquisador da UNICAMP em Porto Príncipe)


Diante desta catástrofe, e das permanentes agressões política ideológicas dos países dominantes , externamos nosso pesar pelas mortes e sofrimento desse nosso povo.

Viver, resistir e rebelar é preciso!!!

Aldo Santos:Presidente da Associação dos professores de Filosofia e filósofos do Estado de São Paulo, coordenador da corrente política TLS, membro do Diretório Nacional e da Executiva Estadual do Psol. SP.(14/01/2010)



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PLíNIO E ALDO SANTOS PARTICIPAM DO PROGRAMA DO JOAQUIM
Como desdobramento da plenária Regional do ABC, realizada no dia 22de dezembro de 2009, na Subsede da APEOESP em São Bernardo do Campo, Eu e o Companheiro Plinio de Arruda Sampaio, participamos do Programa do Joaquim (na TV+,canal 10) no dia 08 de janeiro de 2010 e durante uma hora discorremos sobre a conjuntura política, sobre a sua possível pré-candidatura a Presidência da República pelo Psol e de temas gerais apresentados pela população da região.
Esse programa vem crescendo na região e o diálogo aberto e franco do Plinio sobre os mais variados temas foi o ponto alto dessa programação e da visibilidade do Partido na nossa grande região do Brasil (ABCDRRM).
A pergunta que contextualizava o programa era se existia ou não uma crise institucional no país , depois do programa dos direitos humanos que o presidente Lula tinha assinado. O Plínio chamou a atenção sobre o comportamento de alguns ministros de Lula , no que diz respeito à falta de reforma agrária no país e dialogou com a população sobre o papel da mídia.
Sobre os temas dos direitos humanos e a abertura dos arquivos da ditadura ,nos posicionamos que os mesmos devem ser abertos para que se solucionem e esclareçam de uma vez por todas esse atroz período da ditadura militar no Brasil e na América como um todo.
Ao responder algumas perguntas e ao comentar sobre os fatos políticos contextualizados pelo apresentador, afirmei que esse é um debate que está atrasado do ponto de vista político, pela omissão do governo Lula, todavia, sempre defendemos proposituras que avançam as liberdades e conquistas políticas e de promoção dos direitos humanos.
Após o programa, conversamos sobre a necessidade de realizarmos outras reuniões para intensificarmos o debate interno sobre o fortalecimento, ainda mais, da pré-candidatura junto aos filiados e nossa intervenção na conferência eleitoral nacional que vai oficializar esse debate em março de 2010.
Esperamos que a Executiva possa viabilizar com urgência essa conferência, para que o partido possa marchar unido como seus próprios candidatos, rumo à construção de uma nova Sociedade Socialista.
Em tempo, foi um erro do partido não colocar pessoas importantes como o Plinio no programa que foi ao ar e, até mesmo outras lideranças regionais e nacionais. Não podemos apresentar um programa dirigido a apenas um estado e voltado aos interesses regionais. Esperamos que os próximos programas pensem no coletivo do partido , nas forças que o representa e responda aos desafios objetivos da conjuntura.

Espero que possamos resolver esse impasse em que o partido se encontra pela esquerda e que as disputas internas não acometam os interesses dos filiados do partido no Brasil inteiro .

Avançar é preciso!!!


Aldo Santos: Sindicalista,Coordenador da Corrente política TLS, Membro do Diretório Nacional e da Executiva Estadual do PSOL-SP.(14/01/2010)

PLÍNIO E ALDO SANTOS PARTICIPAM DO PROGRAMA DO JOAQUIM

Plínio e Aldo Santos Participam do programa do Joaquim


Como desdobramento da plenária Regional do ABC, realizada no dia 22de dezembro de 2009, na Subsede da APEOESP em São Bernardo do Campo, Eu e o Companheiro Plinio de Arruda Sampaio, participamos do Programa do Joaquim (na TV+,canal 10) no dia 08 de janeiro de 2010 e durante uma hora discorremos sobre a conjuntura política, sobre a sua possível pré-candidatura a Presidência da República pelo Psol e de temas gerais apresentados pela população da região.
Esse programa vem crescendo na região e o diálogo aberto e franco do Plinio sobre os mais variados temas foi o ponto alto dessa programação e da visibilidade do Partido na nossa grande região do Brasil (ABCDRRM).
A pergunta que contextualizava o programa era se existia ou não uma crise institucional no país , depois do programa dos direitos humanos que o presidente Lula tinha assinado. O Plínio chamou a atenção sobre o comportamento de alguns ministros de Lula , no que diz respeito à falta de reforma agrária no país e dialogou com a população sobre o papel da mídia.
Sobre os temas dos direitos humanos e a abertura dos arquivos da ditadura ,nos posicionamos que os mesmos devem ser abertos para que se solucionem e esclareçam de uma vez por todas esse atroz período da ditadura militar no Brasil e na América como um todo.
Ao responder algumas perguntas e ao comentar sobre os fatos políticos contextualizados pelo apresentador, afirmei que esse é um debate que está atrasado do ponto de vista político, pela omissão do governo Lula, todavia, sempre defendemos proposituras que avançam as liberdades e conquistas políticas e de promoção dos direitos humanos.
Após o programa, conversamos sobre a necessidade de realizarmos outras reuniões para intensificarmos o debate interno sobre o fortalecimento, ainda mais, da pré-candidatura junto aos filiados e nossa intervenção na conferência eleitoral nacional que vai oficializar esse debate em março de 2010.
Esperamos que a Executiva possa viabilizar com urgência essa conferência, para que o partido possa marchar unido como seus próprios candidatos, rumo à construção de uma nova Sociedade Socialista.
Em tempo, foi um erro do partido não colocar pessoas importantes como o Plinio no programa que foi ao ar e, até mesmo outras lideranças regionais e nacionais. Não podemos apresentar um programa dirigido a apenas um estado e voltado aos interesses regionais. Esperamos que os próximos programas pensem no coletivo do partido , nas forças que o representa e responda aos desafios objetivos da conjuntura.

Espero que possamos resolver esse impasse em que o partido se encontra pela esquerda e que as disputas internas não acometam os interesses dos filiados do partido no Brasil inteiro .

Avançar é preciso!!!


Aldo Santos: Sindicalista,Coordenador da Corrente política TLS, Membro do Diretório Nacional e da Executiva Estadual do PSOL-SP.(14/01/2010)

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

PLINIO PRESIDENTE



O poeta Manoel Hélio declara o seu apoio à candidatura de Plínio Arruda Sampaio para presidente do Brasil.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Combatemos o racismo e conquistamos o feriado de 20 de novembro

Combatemos o racismo e conquistamos o feriado de 20 de novembro



Em 2009 o debate sobre a Consciência negra teve amplo destaque, com a realização em alto estilo de atividades promovidas pela subsede da APEOESP Sbcampo, no dia 22de dezembro 2009, com a entrega das homenagens concedidas pelo Sindicato a entidades e personalidades que tem prestado relevantes trabalhos a luta contra o racismo e todas as formas de preconceito.
Neste ano, fizemos várias reuniões , organizamos nossa atuação no Sindicato, encaminhamos o projeto às unidades escolares e na subsede realizamos pelo segundo ano consecutivo a famosa feijoada do Prof. Cido, além das atividades durante o dia,dedicadas as atividades culturais com a apresentação de Congadas, exposição na Subsede de inúmeras atividades desenvolvidas nas Unidades Escolares.
Embora o calendário escolar tenha impedido que os educadores participassem da marcha realizada em várias partes do País, no dia 20 de novembro,em SBC, realizamos no dia 21 de Novembro a nossa atividade cultural que já se tornou referência na cidade.
Os professores Claudio Russo e Judite apresentaram a logomarca do projeto e as apresentações culturais no nosso dia de reflexão. As bandas “Teacher’s Band” e “Corda de Guaiamum” e as congadas do Ditinho (Pque S. Bernardo) e o Grupo de Moçambique-Família/Feliciano, fizeram suas apresentações, com os rituais da cultura de resistência negra ao longo da historia.
As apresentações foram um verdadeiro reencontro com a cultura afro-descendente e com a religiosidade presente, que infelizmente ainda é vítima de preconceito por parte das religiões oficiais (Dominantes).
Após o almoço e a apresentação das bandas, teve inicio a apresentação das Congadas. O Momento mais emocionante foi quando o Ditinho da Congada do Parque São Bernardo relatou um pouco da história do movimento negro em são Bernardo, afirmando: “Falar em movimento negro hoje é muito fácil, é moda e dá ibope. Porém, há 20 anos atrás o pioneiro desta luta desbravou tudo isso na cidade , e na região. Estou me referindo ao Vereador e professor Aldo Santos, que quando chegou na câmara Municipal em 1989 mudou a história, que antes era liderada pelo Vereador Ramos de Oliveira, no dia 13 de maio de cada ano . A 20 anos, a nossa história começou a dar uma virada até chegar o feriado de 20 de novembro que também foi o Professor quem teve a iniciativa, apresentando pela primeira vez o projeto na Câmara Municipal e que esse ano o prefeito sancionou a lei que foi reapresentada pelo Vereador José Ferreira do PT.
O Prefeito Luiz Marinho Tem feito alusão e reconhecido o trabalho desenvolvido pelo Vereador Aldo Santos.
Enquanto ele Falava , todos o acompanhavam em silêncio, até o momento em que pediu formalmente para que o Professor Aldo ficasse em Pé e pediu para que todos cantassem em sua homenagem o Hino do Movimento que é o Canto Das Três Raças”
Canto Das Três Raças
Clara Nunes
Composição: Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro
Ninguém ouviu
Um soluçar de dor
No canto do Brasil
Um lamento triste
Sempre ecoou
Desde que o índio guerreiro
Foi pro cativeiro
E de lá cantou
Negro entoou
Um canto de revolta pelos ares
No Quilombo dos Palmares
Onde se refugiou
Fora a luta dos Inconfidentes
Pela quebra das correntes
Nada adiantou
E de guerra em paz
De paz em guerra
Todo o povo dessa terra
Quando pode cantar
Canta de dor
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
E ecoa noite e dia
É ensurdecedor
Ai, mas que agonia
O canto do trabalhador
Esse canto que devia
Ser um canto de alegria
Soa apenas
Como um soluçar de dor
Devo confessar que foi um momento emocionante e calou fundo nas minhas reflexões e um filme passou em minha cabeça , dos momentos tristes, alegres, agressões, incompreensões etc, etc, etc.
Quero registrar também que simultaneamente o que eu apresentava na Câmara como vereador, antes era discutido por um pequeno grupo de professores que militavam e militam na APEOESP.
Esse ano foi um ano de coroamento, graças a insistentemente comissão de gênero/etnia da APEOESP, que tem papel de relevo nessa atividade histórica/cultural e política da cidade.
No dia 22de Dezembro 2009, mesmo diante de um vendaval na vida dos professores com a publicação do resultado das notas da prova dos OFAS , às 15 horas, entregamos uma placa em homenagem as entidades e personalidades que prestam relevantes serviços na luta contra o preconceito racial.
Após indicação livre nas urnas que foi afixada na subsede, foram homenageados: Prof. Barbosa , professor da rede pública Estadual, Professora Nilzete, representando os Educadores da EBEB Miguel Guerra, pelo Brilhante trabalho realizado durante o ano.Também foi indicado o Ditinho da Congada do Parque São Bernardo e representante da Escola Estadual Amadeo Olivério.
Os homenageados agradeceram, e mais uma vez o Ditinho fez referência histórica do movimento, agradeceu efusivamente a professora Nilzete que fora professora na Escola Palmira, onde grande parte das atividades culturais do parque São Bernardo são desenvolvidas.
Essa atividade só foi possível, graças ao empenho da comissão de Professores do Sindicato: Cido, Verinha, conceição, Judite, Claudio Russo, Aldo Santos, Rogélio,Mazé,Nobuko,Lurdes,Paulo Neves,Alan ,Denis, Abigail ,Nilzete, Cida, Nayara,Vanderley,Cida Baltazar, Iza Ebe e outros (as),além, da participação ativa do nosso atual coordenador Diógenes Batista e dos Funcionários desta Subsede ,Lucimara e Sandro.
Axé para todos e o combate ao Preconceito e ao Racismo deve ser cotidiano ,pois Zumbi vive em Todo ato de liberdade, justiça e Consciência de Classe.


Vencer é possível!!!

Aldo Santos
Membro da Executiva da APEOESP-SBC,Presidente da Associação dos professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo, Coordenador da Corrente política TLS, Membro do Diretório nacional e da Executiva Estadual do PSOL.(30/12/09)

“Você não pode deixar de dar comida para um porco porque você não gosta do dono do porco...”

“Você não pode deixar de dar comida para um porco porque você não gosta do dono do porco...”

Essa foi mais uma das pérolas proferida pelo Presidente Lula na inalguração de uma unidade de Saúde na Vila São Pedro, São bernardo do campo.
Sem entrar no mérito da administração do ex-prefeito William Dib , que na minha opinião foi um desastre do ponto de vista da periferia e do controle político instiuido na ciade, a atual gestão nada tem a comemorar, uma vez que a saúde continua precária, a periferia abandonada e as obras eleitoreiras começam a tomar conta da midia, cujo teor e consistência das mesmas devem ser melhor analizadas tecnicamente , pois, construir uma UPA(Unidade de Pronto Atendimento) em 40 dias, segundo a imprensa, pode ser mais um “presente Grego”.
A população da Vila São Pedro necessita de um hospital Geral , tal a sua abrangência, a demanda social e o contigente populacional.
O Presidente deveria construir na Cidade equipamentos com o padrão igual ou superior ao quarteirão da Saúde em Diadema,dado ao fato de que nossa Cidade tem grande defasagem em várias áreas , particularmente na saúde, bem como, dispõe de um orçamento invejável no Brasil inteiro .
Sem o devido cuidado com suas “metáforas”, ele inalgura a obra , critica os adversários, contextualiza a obra dentro de um clima pré- eleitoral e dispara: “As obras do programa serão realizadas, disse o presidente, sem distinção entre os partidos de prefeitos e governadores. "Você não pode deixar de dar comida para um porco porque você não gosta do dono do porco. Ou seja, você precisa tratar as pessoas com o respeito que as pessoas precisam ter neste país".(Diário do Grande abc,30/12/09,)
Essa população já foi “destratada” na Gestão Maurício Soares, quando pessoas foram soterradas e segundo moradores ele disse que “os pobres eram como lagartixa que ficavam empenduradas nos morros”.
Solidarizamo-nos com a população da Vila São Pedro e com a população brasileira , pois, exigimos respeito ,sem comparações ignóbeis.
O Presidente deveria ter assistido o documentário “Ilha das flores, Curta- metragem , lançado em1989, escrito e dirigido por Jorge furtado”. Numa das passagens do documentário,o ator afirma que “o porco tem um dono mas os homens não”, apesar do estado de profunda miséria que estão vivenciando no cotidiano e (no contexto do documentário) .
Nada contra os porcos, pois até os animais não merecem ser joguetes metafóricos de um presidente ou de quem quer que seja . Essas tiradas são recursos da politicagem de Lula e de seu partido (PT) que do ponto de vista do projeto político ideológico não diferem dos Tucanos.
Pelo indicativo, nas eleições que se aproximam eles vão substituir o debate programático/ideológico por acusações mútuas de baixo nível e desrespeitosas para com o povo brasileiro, vez que, representam no atacado os interesses vitais do sistema capitalista.
Por favor respeitem os porcos (que infelizmente ainda tem dono) e a população da periferia, pois fazemos parte do mundo animal e não podemos ser usados e comparados de forma depreciativa, mesmo que metaforicamente.
As obras realizadas não são dádivas dos governantes, mas sim, fruto de intensas lutas desenvolvidas pela população organizada que continuam mobilizadas em torno de outras reivindicações básicas e emergenciais.
É urgente a regularização fundiária sem custo para os moradores e o preço das contribuições (impostos) que pagamos para que as obras ocorram não rima com argumentos eleitoreiros, agressivos, desqualificados e (anti-pedagógico).

Educar e respeitar é preciso!!!
Aldo Santos
Sindicalista, Membro do Diretório Nacional e da Executiva Estadual do Psol.(30/12/09