quarta-feira, 30 de setembro de 2009

IMAGENS DO II CONGRESSO ESTADUAL DO PSOL

















CONHEÇA O PSOL DE SÃO BERNARDO!

DIRETÓRIO MUNICIPAL DO PSOL DE SÃO BERNARDO DO CAMPO/SP


Rua Príncipe Humberto, 491

Vila Duzzi - Centro - SBCampo

(11) 2805-9485 // 2758-2154


*Reuniões todos os sábados às 17h


COMISSÃO EXECUTIVA

Presidente: Aldo dos Santos

Vice-Presidente: Melão Monteiro

2° Vice-Presidente: Leandro Recife

Secretário Geral: Noel Rosa

2ª Secretária Geral: Ariadne Liberato

Secretaria de Finanças: Wanda

Secretário de Comunicação: Manoel Hélio

2° Secretário de Comunicação: Zéfiro Ricardo

Secretaria de Organização: Maria de Lourdes

Secretário de Moblização: Francisco Martins

Secretário de Formação: Lourival Chaves

2° Secretário de Formação: Clovis Cerqueira


MEMBROS DO DIRETÓRIO


Patrícia Siola de Lima

Rubens Sena de Souza

Djalma Dutra de Almeida

Paulo Neves

Carlos Dias da Silva

Judite Arcanjo

João Bosco da Silva

Gustavo Simão Nunes

Hortiz da Silva Mendes

Geraldo Izaias Pereira

Raimunda Ferreira Diniz

Ednardo Silva Carrenho

Carlos Alberto Cardoso Simões

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

MAIS DO MESMO: A POLÍTICA DO CONTINUÍSMO NA EDUCAÇÃO PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Em artigo publicado esta semana no site da Secretaria de Estado da Educação sob o título “Pioneirismo e inovação na educação”, o atual Secretário da pasta, Paulo Renato Souza, constata o óbvio: “o baixo nível do ensino público” do Estado de São Paulo. O Secretário comete dois graves equívocos decorrentes desta constatação: primeiro esqueceu-se de dizer que o PSDB é responsável pela educação estadual há 14 anos, aplicando uma política causadora do caos educacional. Segundo tenta passar a idéia de que através de programas superficiais na seleção docente com a chamada “escola de formação de professores”, vai provocar uma grande virada na nossa realidade educacional. Essa idéia copiada de outras carreiras consideradas de excelência pelo Secretário, como a área diplomática, a área fiscal e o judiciário, expressa um grande equívoco, pois as múltiplas variáveis que envolvem o ato educativo são singulares, diferenciando-o de qualquer outra atividade.

Essa posição deixa claro que o Secretário dará continuidade à política dos antecessores, enfrentando problemas estruturais da educação com projetos superficiais, difundidos como se fossem solucionar os mesmos. Diferentemente da ex Secretária, que culpava os professores e os gestores pelos índices ruins dos alunos da rede pública, o Secretário culpa a formação dos professores, responsabilizando os cursos superiores de licenciaturas pela ineficiência na formação docente.

Para nós que atuamos na rede pública submetidos à política educacional do projeto que está no governo, essa visão não é novidade. Quem não se lembra da política implementada durante os primeiros cinco anos de governo tucano, onde a reorganização da rede pública, a municipalização do ensino e a aprovação automática foram apresentados como projetos que iriam revolucionar a educação estadual?

Uma vez fracassados esses projetos, o foco passou a ser a pedagogia do afeto, combinada com a meritocracia, através do pagamento do tal “bônus mérito” a partir de 2001. Projeto requentado pela segunda secretária da gestão José Serra, que impôs um currículo vertical e superficial e implementou a avaliação dos professores como sendo um novo tempo para a rede estadual. Os resultados resumem-se a episódios desastrosos para a educação pública com erros conceituais grosseiros em mapas geográficos, conceitos históricos, filosóficos e sociológicos, seguindo-se, já na atual gestão, com a distribuição de livros paradidáticos impróprios para os alunos da rede, alguns banalizando e vulgarizando conteúdos sexuais.

Prosseguindo com a política contrária à escola pública, o Secretário afirma que: “Em São Paulo, houve progresso no ambiente e nas condições materiais das escolas”. Uma afirmação que não corresponde à realidade da rede, pois na grande maioria das escolas não existem bibliotecas e salas de informática, as classes são superlotadas, faltam inspetores de alunos e grande parte dos docentes é obrigada a pagar estacionamento, água potável e cafezinho, reduzindo ainda mais os seus míseros salários. É bom lembrar que o valor da hora aula docente em São Paulo é apenas o décimo do Brasil.

Na parte final do texto, o Secretário afirma que no Estado de São Paulo a avaliação foi incorporada à cultura da Secretaria. Na verdade esqueceu-se de dizer que se avaliação resolvesse o problema da educação brasileira, nós já teríamos uma das melhores redes de ensino do mundo, pois desde a década de 90, que o MEC adotou diversos mecanismos de avaliações externas como o SAEB (hoje Prova Brasil) e o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). No Estado de São Paulo, o SARESP terá em 2009 a sua 11ª edição e o rendimento dos alunos só tem piorado. Agora o governo pretende mudar o foco submetendo 10 mil professores, num universo de cerca de 230 mil, a um curso de 4 meses como uma “formação” complementar durante a seleção dos concursos públicos.

A avaliação não é um problema em si, ela é inerente ao trabalho docente. Avaliar e ser avaliado é uma rotina de todo professor, o problema é o contexto da avaliação e os objetivos que são colocados a partir dos seus resultados. Nesse sentido, os objetivos, tanto das avaliações externas quanto internas, para o Estado impregnado pelos princípios da gestão liberal se inserem naquilo que Saviani, in A Nova Lei da Educação, trajetórias, limites e perspectivas, 11ª edição, pág. 100, classificou como a diferença entre os objetivos proclamados e os objetivos reais, onde muitas vezes, os primeiros servem para mascarar os segundos. Nesse caso as avaliações são instrumentalizadas com o propósito de servirem aos reais objetivos neoliberais: enxugamento da máquina pública e justificativa de princípios privatistas em educação. Nesse sentido, não precisa ser um grande estudioso da área da educação para perceber que será mais um projeto fracassado, na medida em que o neoliberalismo é uma doutrina seriamente abalada pela atual crise econômica, que descaracterizou grande parte do seu ideário.

Por último são propostas mais duas jornadas aos professores, além das já existentes, o que sem a criação de um Plano de Carreira, se converte em medida inócua, que apenas irá dificultar a vida daqueles que em virtude dos minguados salários são obrigados a recorrer ao acúmulo de cargo, ficando entre o dilema da acumulação praticamente impossível e da redução salarial, já que em diversas situações serão obrigados a optar pela jornada mínima.

Como demonstramos, essa política é a mesma que vem sendo aplicada no Estado de São Paulo há quase uma década e meia. Ela é a grande responsável pela condenação de toda uma geração de crianças e adolescentes à falta de perspectiva educacional e toda uma geração de professores a amargar as piores condições de trabalho e de salário que existem no país. Para mudar de fato a educação é preciso atacar os problemas estruturais das escolas dando aos docentes condições de trabalho e de salário, além dos recursos didáticos pedagógicos necessários para que docentes e discentes desenvolvam plenamente suas potencialidades de ensino e aprendizagem, objetivo maior da escola pública.

Paulo Neves, Secretário de Comunicações da APEOESP


(Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo)

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

JARDIM FALÇÃO: INJUSTIÇA SEM LIMITE

Numa rápida pesquisa, encontramos uma reportagem publicada sobre o Jardim Falcão onde a mesma retrata e revela os atores e o cenário da maior tragédia patrocinada pelos órgãos públicos contra moradores que compraram e pagaram seus terrenos e tiveram suas casas derrubadas.

Vamos transcrever parte da reportagem pois a mesma procurou ser fiel a parte dos acontecimentos daquele empreendimento que deveria ser uma Grande Vila para o orgulho de nossa cidade, em convivência e harmonia com a nova legislação recentemente aprovada pela assembléia legislativa do Estado de São Paulo.
Numa ação violenta e desumana, em 22 de julho 1998 em plena gestão do Prefeito Mauricio Soares, a Tropa de choque da Policia Militar derrubou a casa de 530 famílias no jardim Falcão conforme dados da reportagem em tela.

“Abalizado por uma decisão judicial de que o bairro estaria causando danos ecológicos nas proximidades da represa Billings, derrubou a residência de 530 famílias sem aviso prévio. A ação durou praticamente o dia todo, houve enfrentamento com a população e o envolvimento da Tropa de Choque da Polícia Militar.
"Eu ainda trabalho em frente ao local onde ficava a minha casa. Todo dia que eu olho para lá, revejo as cenas da nossa expulsão. Foi tudo muito violento, e desde então teve gente que morreu de desgosto, que se suicidou, casamentos que terminaram. Sem falar sobre o pessoal que ainda vive de favor, porque tinha investido tudo lá, ou se mudou para barracos em condições terríveis", conta Sônia Maria Varga, líder comunitária dos ex-moradores do Falcão.

Até hoje, moradores acreditam que a demolição das casas do bairro tenha sido motivada por perseguição política contra o Jardim Falcão, que não tinha alinhamento com as lideranças políticas prediletas de Maurício Soares. "Só pode ter sido isso, afinal, mais de 90 mil pessoas vivem às margens da represa Billings, e nenhuma delas sofreu uma ação tão violenta", avalia o advogado dos ex-moradores, Humberto Rocha.
O advogado encabeça o movimento dos remanescentes do Jardim Falcão na luta por indenização pela violência do desalojamento. "Fica óbvio que não havia intenção de defender o meio-ambiente, caso contrário o local não teria virado um depósito de lixo", afirma Rocha. Destroços das casas do Jardim Falcão que nunca foram recolhidos pela Prefeitura ainda podem ser encontrados no bairro”. (jornal abcdmaior, de 10/12/2007)

As reflexões acima tem sentido, uma vez que a região do grande Alvarenga esta densamente povoada e aquele povo (moradores do Falcão) não deveria servir de exemplo ou bode expiatório do descaso do poder público e da ausência de políticas habitacional por parte do executivo municipal.
Acompanhei na ocasião toda a luta da desocupação do jardim falcão. Juntamente com Wagner LINO e outros vereadores, fomos a quase todas as esferas de poder no sentido de impedir que aquela tragédia se realizasse, mas, os esforços foram em vão, pois diante a ação da promotora Rosângela, com a omissão do prefeito Mauricio Soares e do governo do Estado, assistimos e reagimos concomitantemente a uma das grande tragédias sociais que ocorreu num dos municípios mais rico do Brasil.
Os dias que antecederam a desocupação foram marcados por profunda angústia e tensionamentos por parte das autoridades sobre os moradores, que investiram suas parcas reservas na construção de suas casas e as máquinas “monitoradas” derrubaram tudo sem o menor sentimento para com o sofrimento da população pobre do nosso município.

Na noite do dia 21, ficamos em vigília , acordados e pensando como organizar a resistência quando a tropa de choque chegasse.Os moradores rezavam, oravam, esbravejavam, acendiam fogueiras, e outros iam até suas casas, sentavam, tomavam café e lamentavam, como num ritual de despedida final.

Parte significativa dos moradores resistiram juntamente com a bancada de vereadores do (PT), todavia, uma pequena parcela ficou um pouco distante dos embates que ocorreram durante o dia inteiro numa verdadeira praça de guerra que se instalou na região. Pertences destruídos, suor, lágrima, sangue e terror. Esse foi o cenário da tragédia anunciada e decretada, pela ação judicial promovida pele promotora, e cumprida pela polícia do Estado, com o beneplácito do prefeito Mauricio Soares.

Na verdade, o prefeito Mauricio Soares já em 1989, tentou de todas as formas desalojar e reintegrar os moradores do riacho grande que movidos por forte tempestade ocuparam uma área no kilómetro 27 da via Anchieta , que posteriormente foi denominada pelos moradores de Vila LULALDO. Essa luta teve muita união e organização por parte dos moradores e até hoje estão morando muito bem obrigado.

O preço dessa luta por exemplo, custou o cargo do subprefeito do Riacho grande (companheiro Chicão) que foi eleito democraticamente pela população do distrito e ao apoiar essa ocupação foi demitido por Mauricio/Djalma bom do PT.

Vários anos se passaram e até hoje os moradores e proprietários do jardim Falcão continuam na rua da amargura, vez que na época das eleições o canto das sereias provocam encantamentos e anestesiam povos e povos, que só acordam depois de meses que as eleições passaram, pois parecem que estão “deitado eternamente nesse berço esplêndido” e os politiqueiros prometem mundos e fundos antes das eleições e depois o povo não ficam no mundo e sim no submundo que eles encurralam a sociedade.

Contraditoriamente, hoje todos convivem no interior do PT: Mauricio Soares, Marinho, Aguiar, contando até com o presidente da república que poderia resolver inúmeros problemas e até hoje não foram efetivamente resolvidos quase nada.

Todos os dias e particularmente no dia 22 de julho, sou solidário aos moradores do jardim Falcão e externo mais uma vez nossa solidariedade partidária (Psol), para com o povo pobre do nosso município. Na ocasião da tragédia tentamos criar até o movimento 22 de julho para manter viva essa inesquecível data.
Participei de várias assembléias e reuniões juntamente com os moradores do Falcão e sempre disse que a condição para a solução efetiva dessa área era a união , organização e politização do movimento, que independentemente de períodos eleitorais deveriam fazer sempre manifestações rumo a retomada de um direito que foi usurpado para reconstruir as moradias derrubadas.

A Divisão de qualquer movimento sempre é o caminho curto e definitivo para a derrota de toda ação da classe trabalhadora. Reafirmamos nossas idéias que defendíamos, principalmente agora que foi eleito um prefeito que “se espera maior sensibilidade política” na resolutividade dos problemas sociais , muito embora, até o momento tenha se demonstrado bastante limitado nas ações político/administrativas rumo a mudança da vida da classe trabalhadora e dos munícipes.
Recentemente, estive numa assembléia com os acorrentados do MTST em frente a casa do Presidente LULA na avenida Prestes Maia no Centro de sbcampo, e o movimento saiu parcialmente vitorioso. Está na hora dos demais movimentos se encorajarem, indo a luta para definir processos que mais do que jurídicos, são de natureza política?
Mais um ano se passou, a sensação da solução parece ficar mais distante, mais, a renovação e retomada da luta sempre está presente nas grandes mudanças de vida dos lutadores do mundo inteiro.
"Contra a intolerância dos ricos, a intransigência dos pobres. Não se deixar cooptar, não se deixar esmagar. Lutar Sempre!" ( Florestan Fernandes ).


Lutar, mudar e revolucionar é preciso!!!

* Aldo Santos é ex-vereador e sindicalista, membro do Diretório Nacional e presidente do P-Sol de São Bernardo

FORA SARNEY! FORA SENADO!

O Senado Brasileiro está megulhado numa profunda crise ética e de moralidade pública, com atos não normatizados e todas as formas de utilização espúria do dinheiro público partilhado entre os mandatários do senado brasileiro, conforme denúncias na multimídia. O chefe geral das maracutaias é o próprio presidente do Senado, José Sarney, assim como grande parte dos representantes da mesa diretora, com a contratação de parentes, a prática de nepotismo deliberada e outros senadores denunciados pelo esquema das contratações ocultas e secretas.


Como um bom jogador dos meandros da política brasileira, a Raposa Sarneyana parte para a tática do ataque como elemento de defesa, desfoca e despersonaliza suas maracutaias e joga para o conjunto do senado matar no peito e botar a bola no campo novamente; como se tudo que vem ocorrendo fosse natural.

O que está em cheque são os sucessivos escândalos que tem tomado conta da opinião pública que se enoja e enjoa com o comportamento corporativo dos senadores, bem como com a própria democracia representativa, que certamente é golpeada por esses comportamentos, que não representam o valor real e simbólico do sentido concreto do voto.

Claro que toda essa excrecência (senadores eleitos e a própria instituição) existem em função dos balcões de negócio que tem transformado as campanhas bilionárias , haja vista o valor per-capita de cada voto no recente processo eleitoral.

Defendemos a democracia “representativa”, mas entendemos que o processo eleitoral só será de fato avançado na medida em que atingirmos o patamar da democracia participativa, sem esses mecanismos de representação atual, que nada mudam na vida da classe trabalhadora.

Outro episódio importante é a existência no Brasil e em vários outros países a representação Bicameral, entre Câmara Federal e Senado que se congrega no que conhecemos como Congresso Nacional.
Na nossa opinião o senado não tem nenhuma função e na altura dos acontecimentos, a existência da Câmara Federal já estaria de bom tamanho no tocante a manutenção da dita democracia representativa e o Senado não deveria continuar existindo, pois, além de representar gastos desnecessários aos bolsos dos contribuintes brasileiros, o mesmo por não ter uma função explícita de defesa de interesses concretos da classe trabalhadora, deveria ser extinto, a bem da politica pública brasileira, do enxugamento da máquina Republicana, que não suporta mais esses desmandos e essa farra com o dinheiro público que só encarece e emperra a tramitação e aprovação das leis urgentes e necessárias rumo às mudanças do país.

Da mesma forma que houve sensibilidade e engajamento pelo fora Collor, FHC, Fora o FMI, Fora Renan, com ampla participação das forças democráticas e pela base e dirigentes do Psol, devemos sair as ruas pelo fora Sarney e o Senado, pois até a mídia burguesa não suporta o grau de oportunismo e degeneração desses políticos, com as práticas de corrupção institucionalizadas por eles, e pela inutilidade do que representa o senado, que hoje de fato, é uma instituição caduca e senil politicamente.

Muito embora historicamente, sua existência ainda é uma realidade, politicamente já não se justifica sua existência enquanto representação bicameral e portanto, como representantes do povo brasileiro.
Confisco, condenação e prisão dos políticos que acumulam riqueza com o dinheiro público;

Fora Sarney e o Senado.

Lutar é preciso!!!

*Aldo Santos, Ex-vereador, Membro da Diretório Nacional e Presidente do PSOL em SBC.

AUMENTA O PRECONCEITO RACIAL NO MUNDO INTEIRO

* ALDO DOS SANTOS (foto)

Inegavelmente, a eleição do presidente Barack Obama significou um avanço do ponto de vista racial nos Estados Unidos. Embora expresse paradigmas de racismo cordial, despolitizado e “não assumido”, foi um fato relevante, tratando-se de um país que popularizou no mundo inteiro o xenofobismo, guerras do sul contra o norte, além de ser palco de inúmeras lutas e assassinatos de personalidades mundialmente conhecidas como Malcom X e Martin Luther King Jr, militantes do Agrupamento dos Panteras Negras e ainda (continua nos corredores da morte lideranças como Mumia Abu-Jamal, condenado por ser militante defensor da luta contra o racismo ).


O Racismo foi propagado pelo mundo a fora, a tal ponto que até mesmo o atual presidente americano tem sido sistematicamente depreciado por chefes de Estados que deveriam não mais manifestar comportamento abomináveis que fere os direitos elementares da condição humana.

Todavia, outros exemplos de resistência como o de Nelson Mandela que foi e continua sendo um dos marcos e referência de luta contra o racismo na África do Sul , irradiando para todo mundo novas formas de convivência com um novo olhar e significado sobre a vida, a luta e a resistência do povo negro mundial.

Lamentavelmente, apesar das ações afirmativas e das lutas “sem fim”, ainda é freqüente na cultura popular as manifestações insidiosas da pratica racial .

São inúmeros os dados das desigualdades sociais entre os brancos e negros, que corrobora para tipificar e caracterizar os argumentos acima citados.

Em 2001, a Fundação Seade mostrava que, “na mesma função, homens negros (R$ 639) e mulheres (R$ 652) recebem salários até 47,8% inferiores aos pagos para trabalhadores brancos do sexo masculino (R$ 1.236)”.

Um clássico exemplo mercadológico de racismo declarado foi a publicação de um anúncio publicitário da multinacional Microsoft.

De acordo com o jornal do provedor UOL do dia 26 de Agosto de 2009 (17 horas 48 minutos), publicou a seguinte matéria: “Microsoft pede desculpas após mudar raça de personagem em anúncio. Londres, 26 ago (EFE). O gigante da informática americano Microsoft teve que pedir desculpas depois que sua divisão polonesa mudou a raça de um dos personagens que apareciam em um anúncio promocional.


Nos Estados Unidos, os três personagens retratados sorrindo com o slogan "Dando poder a sua gente com os instrumentos de TI de que precisam" eram uma mulher - branca - e dois homens: um negro e outro asiático.

Em sua versão para a Polônia, o rosto do negro, que ocupava o centro do anúncio, foi substituído pelo de um homem branco, sem mudar as roupas ou mesmo a mão do personagem que estava sobre a mesa, informa hoje o jornal britânico "The Guardian".


A imagem notadamente alterada começou a circular na internet na terça-feira, mas, depois que alguém advertiu a Microsoft da troca, a empresa retirou o anúncio e iniciou uma investigação para localizar o responsável. "Estamos analisando o ocorrido. Apresentamos desculpas e estamos em processo de retirar a imagem", declarou a Microsoft, em comunicado”. Finalizou a reportagem.

A reportagem acima classifica incontestavelmente o império do mercado sobre a condição humana, onde ser negro e discriminado no capitalismo é um “mero detalhe. O que interessa é o Marketing econômico para vender produtos, independentemente do significado e do racismo impregnado, introjetado e assumido pelos mercadores da indiferença.

Na revista Fórum de agosto de 2009, a mesma publicou na reportagem de capa uma longa entrevista com o professor Kabengele Munanga, que desdobra o eixo temático onde “denuncia a farsa da democracia racial, defende o sistema de cotas e discute o espaço do negro na sociedade”
Como demonstração cabal desse crescimento e das práticas raciais no mundo inteiro, o relato abaixo também deve ser amplamente divulgado conforme denúncia proferida pelo Deputado Federal Ivan Valente do Psol na tribuna do Congresso nacional (Câmara dos Deputados).

“Venho a esta tribuna repudiar o ocorrido na última quarta-feira, dia 19, no município de Osasco, no estado de São Paulo, quando o vigia e técnico em eletrônica, Januário Alves de Santana, de 39 anos, foi agredido no estacionamento da loja do Hipermercado Carrefour daquela cidade por cinco seguranças privados e três policias militares. O pretexto foi de que ele estaria roubando um carro, que na verdade era seu. A imprensa repercutiu amplamente o ocorrido, mas fazemos questão de também registrar este crime nesta Casa.”

Além de caracterizar o racismo do ponto de vista econômico, político e histórico, o Deputado denuncia a morosidade na tramitação de proposituras no âmbito do Legislativo e do executivo e exige mudanças urgentes para:“...garantir avanços concretos na transformação da estrutura social vigente, de forma que, minimamente, seja diminuído o abismo social entre negros e não negros. Neste sentido, Sr. Presidente, o Congresso Nacional tem uma grande responsabilidade. É urgente a aprovação de medidas como o Projeto de Lei 73/99, aprovado por esta Casa no dia 20 de novembro passado e que agora tramita no Senado, que estabelece cotas em todas as universidades federais. Assim como é necessária a aprovação, mesmo com o conjunto de emendas que tentam descaracterizar o projeto, do Estatuto da Igualdade Racial, que está em votação esta semana em comissão especial.” (publicado no sítio do Psol 30/08/09)
Embora Obama tenha instituído o método da interlocução direta na solução de praticas racistas, como fator de “dialogo e integração” na tentativa de atenuar o preconceito racial existente tanto no referido episódio que foi “descaracterizado e desfocado ”, quanto nas demais manifestações como a da Microsoft, a entrevista de Kabengele Munanga e no caso de Osasco e tantos outros que acontecem no anonimato cotidiano.

Nosso entendimento e opção é pela luta direta contra toda e qualquer forma de preconceito existente, ao mesmo tempo em que a nossa luta tem forte vinculo , componente e identidade classista de combate a classe dominante , bem como as pratica dominantes derivadas .

A luta contra o racismo não é um fim em si mesmo, mais sim, uma luta articulada para destruir todas as formas de opressão econômica através da nossa organização junto à classe trabalhadora , ao movimento negro organizado e aos partidos Políticos de Esquerda, de luta e revolucionários.
Embora não podemos desconectar a luta contra o racismo do eixo da exploração capitalista , as lutas e especificidades de gênero , etnia e outras, infelizmente não se esgotam com as mudanças econômicas.
“É MESMO INCRIVEL... a maneira como nos escravizaram, Até nossa auto-estima arrancaram, E muitos que deveriam ser a nós aliados, São implacáveis adversários, Pura desinformação, Maldição! Não! Não! Não olhem assim pra mim, Não sou diferente e te encaro de frente, Sou um cidadão preto exigindo o direito de ser considerado gente, E o argumento que sustento pra manter a fé E partir com todo gás pra cima, vou te dizer qual é: Somos a maioria da população ativa, Sem nós essa terra não teria vida, E não há preço para essa sua dívida. Estamos a anos entrincheirados nos morros, Nas cidades do entorno são inúmeros nossos gritos de socorro... É MESMO INCRÍVEL”Malcon X

Lutar, resistir e vencer é preciso.

*ALDO DOS SANTOS :Sindicalista, dirigente da TLS, Membro da Executiva do Psol Estadual e presidente do Psol em SBC .

CÓDIGO

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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

DESAFIO DA REORGANIZAÇÃO SINDICAL

Os trabalhadores têm avançado na resistência aos ataques dos patrões e dos governos, em que pese às adversidades conjunturais expressas na dificuldade de rearticulação do projeto de atuação sindical socialista e transformador. A partir da eleição de Lula e da institucionalização das organizações construídas pela classe trabalhadora brasileira nos últimos anos, expressa na capitulação da Central Única dos Trabalhadores ao Estado, foram retirados direitos conquistados com muita luta, podemos citar como exemplo a reforma da Previdência, que foi um duro golpe contra os servidores públicos, particularmente contra a categoria dos trabalhadores em educação. Recentemente as demissões na EMBRAER em que a CUT soube con antecedência e ocultou o fato dos trabalhadores e do Sindicato, configurou mais uma atitude que demonstra o papel de agente governista e patronal assumido por esta central sindical.




A vanguarda sindical brasileira tem vivido uma dura realidade e uma difícil tarefa de tentar unificar todos aqueles que querem lutar contra as medidas neoliberais do governo Lula numa só central, isso tem levado o conjunto da militância a ficar sem uma referência unificada, dividindo os esforços do movimento sindical combativo e de luta, o que pode enfraquecer nossa resistência contra os novos ataques que são propostos pelo projeto conservador e que estão engavetados, esperando o melhor momento político para serem implantados como é o caso das anti-reformas: sindical, trabalhista e previdenciária.



Dentro dessse contexto, fortalece-se a proposta de unificação dos dois principais projetos originados da ex-esquerda da CUT: CONLUTAS e INTERSINDICAL, além de outras organizações sindicais, estudantis, populares e sociais. Nesse sentido no mês de abril desse ano realizou-se em São Paulo o I Seminário Nacional integrado por todos estes setores com o objetivo de construir uma nova ferramenta de luta por salário, emprego, moradia, terra, saúde, educação e demais reivindicações da classe trabalhadora, além da luta contra a opressão das mulheres, dos negros e índios, enfim toda forma de discriminação racial ou homofóbica.

 
Agora é necessário dar um passo à frente, nesse sentido o II Congresso Nacional do PSOL, decide que o partido adotará todos os esforços de sua intervenção nos movimentos sociais, sindical e estudantil, defendendo a unificação dos lutadores numa única ferramenta de luta, tendo como princípios a ação direta, devendo ser um instrumento a serviço das lutas, com independência frente às organizações burguesas e tendo como estratégia a luta pela construção de uma sociedade socialista e o fim do capitalismo.


Este texto faz parte da tese: "PSOL NA LUTA COM OS TRABALHADORES PARA CONSTRUIR O SOCIALISMO!", apresentada no II CONGRESSO ESTADUAL E NACIONAL DO PSOL em São Paulo.

TODA SOLIDARIEDADE AOS SERVIDORES DE SÃO BERNARDO EM LUTA

Com mais de 40% de defasagem salarial, transporte público sendo um dos mais caros do Brasil, com déficits habitacional, educacional e de saúde, este é o cenário ao qual o SERVIDOR PÚBLICO está inserido e que justifica a pauta de reivindicações e sua luta.

Não é de hoje que os servidores vêm denunciando as péssimas condições de trabalho e o rebaixamento salarial- como nas greves dos GCM’s em 2007 e a greve geral de 2006-(administrações Maurício/Dib), tornando-os vítimas das mais variadas administrações públicas, o que incidiu numa série de perseguições e punições que até agora não foram revogadas. Esperamos que a atual administração (Maurício/Marinho) não reproduza a mesma truculência do passado recente.

Queremos parabenizar a todos e todas que não se deixam abater pelas dificuldades e que apesar de todos os obstáculos, sabem que com coragem e unidade pra lutar a vitória se torna um objetivo próximo. Queremos dizer também que o PSOL – Partido Socialismo e Liberdade está presente nesta luta e tem orientado seus militantes, filiados e simpatizantes a cerrarem fileiras com todos(as) os/as servidores(as) pela conquista de suas reivindicações.

PSOL São Bernardo do Campo

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

NEM O PASSADO COMO ERA, NEM O PRESENTE COMO ESTÁ...


 Há décadas, os servidores municipais de São Bernardo vêm resistindo às sucessivas administrações,que tratam os “servidores como trabalhadores de segunda categoria”, do ponto de vista salarial e da valorização profissional. Com o avanço das relações democráticas e a criação do Sindicato do funcionalismo a partir de 1989, os servidores ganharam autonomia, consciência de classe e fisionomia nas relações trabalhistas , no cumprimento dos deveres e na preservação de direitos.
Sua primeira diretoria teve como presidenta a companheira Sandra, que contribuiu fortemente para consolidação do mesmo, enfrentando o fisiologismo e o vício de clientelismo que permeava parcela do funcionalismo, por vezes, tutelados politicamente.
Lembro-me que participei intensamente da greve deflagrada pelos servidores onde foi dirigida por um amplo comando de greve, marcando definitivamente uma nova postura nas relações sindicais trabalhistas. Foi uma greve duríssima com repressão e conflitos permanentes, internos e externamente, nas relações sindicais e políticas na cidade.Como vereador, acompanhei de perto a condução da referida greve,sempre de forma militante e solidária para com trabalhadores grevistas.
Foi um dos grandes conflitos que enfrentei na gestão do PT. Mesmo entrando em conflito com a administração e o próprio PT, sempre tomei partido ao lado dos trabalhadores que foram convencidos que nada será dado e sim, tudo será conquistado.
A administração Maurício/Djalma Bom, do PT, sempre teve uma tratativa hostil para com o funcionalismo público municipal. Perseguiram inúmeros trabalhadores como o próprio Dib, o jornalista Laranjeira, o subprefeito Chicão do Riacho grande e tantos outros que ousaram contrariar ou divergir do Alcaide Eleito.
Vinte anos depois, “a trágica história se repete”, com um prefeito experimentado junto ao movimento sindical, mas, ao invés de atender aos servidores através da entidade de classe, o mesmo se choca com o movimento organizado atraindo mais uma frente de conflito na cidade.
Com o funcionalismo decepcionado e ávido para recuperar as perdas salariais e a valorização profissional, o prefeito ainda é cobrado pelas promessas e compromissos eleitorais que teria assumido na Campanha passada. Parafraseando Marx, será que podemos afirmar que a história da administração petista se repete: “a primeira como tragédia, a segunda como farsa”?
O Partido Socialismo e Liberdade (P-Sol) diante do descaso, abandono e omissão do atual prefeito Luiz Marinho para com os aguerridos servidores municipais, externa sua solidariedade e apoio conforme nota abaixo:
“Toda solidariedade aos servidores de São Bernardo em luta.Com mais de 40% de defasagem salarial, transporte público sendo um dos mais caros do Brasil, com déficits habitacional, educacional e de saúde, este é o cenário ao qual o SERVIDOR PÚBLICO está inserido e que justifica a pauta de reivindicações e sua luta. Não é de hoje que os servidores vêm denunciando as péssimas condições de trabalho e o rebaixamento salarial,como nas greves dos GCM’s em 2007 e a greve geral de 2006,(administrações Maurício/Dib), tornando-os vítimas das mais variadas administrações públicas, o que incidiu numa série de perseguições e punições que até agora não foram revogadas.Esperamos que a atual administração (Maurício/Marinho) não reproduza a mesma truculência do passado recente.Queremos parabenizar a todos e todas que não se deixam abater pelas dificuldades e que apesar de todos os obstáculos, sabem que com coragem e unidade pra lutar a vitória se torna um objetivo próximo. Queremos dizer também que o PSOL – Partido Socialismo e Liberdade está presente nesta luta e tem orientado seus militantes, filiados e simpatizantes a cerrarem fileiras com todos (as) os/as servidores (as) pela conquista de suas reivindicações”.
Além dos dados e argumentos acima, outros pontos precisam ser debatidos junto ao conjunto do funcionalismo de SBC, como a democratização da direção da entidade de Classe (Sindicato), garantindo-se a proporcionalidade direta e qualificada na diretoria, afim de garantir a pluralidade político-sindical que existe de fato na categoria.
Espero concretamente que o atual presidente possa ter a sensibilidade suficiente para dar conta dessa realidade.É fundamental e urgente a recomposição a atual direção, pois grande parte da diretoria traiu os trabalhadores “trocando” sua representação sindical por cargos comissionados na administração da cidade.
É urgente convocar os suplentes para compor a direção, pois a representação atual está comprometida e defasada e se não ocorrer o diálogo, outras medidas deverão ser tomadas para garantir a representação e a condução do referido movimento Sindical.
Outro ponto que deve ser discutido é em relação à desfiliação ou não da Central Única dos Trabalhadores (CUT) que hoje se transformou numa entidade chapa branca e correia de transmissão dos interesses patronais e dos governos.
Nós defendemos a unificação da Conlutas com a Intersindical , rumo à construção de uma nova central de luta e representativa dos interesses efetivos da classe trabalhadora.Nesse contexto, com sucessivos prefeitos omissos e carrascos do Funcionalismo Público municipal, a única certeza que temos é que nem o passado como era (Administração Dib), nem o presente como está (gestão Marinho/Aguiar), representa de fato os anseios de luta, mudanças e transformações urgentes que a classe trabalhadora clama.
Devemos confiar sempre na força do movimento organizado, na entidade representativa de nossa classe e na superação efetiva dos governantes enganadores do povo que só enxergam os trabalhadores alguns dias antes das eleições.
Para o movimento ser vitorioso, deve estar unido e organizado para derrotar definitivamente os políticos que tem duas caras; uma antes da eleição e outra a partir do momento em que é eleito.Uma cara como situação e outra como pseuda- oposição?“Nem o Passado como era, nem o presente como está. Junte-se ao Psol para mudar”. Mudar é Preciso!
* Aldo Santos é ex-vereador, sindicalista, membro do diretório nacional e presidente do P-Sol de São Bernardo