sexta-feira, 4 de setembro de 2009

DESAFIO DA REORGANIZAÇÃO SINDICAL

Os trabalhadores têm avançado na resistência aos ataques dos patrões e dos governos, em que pese às adversidades conjunturais expressas na dificuldade de rearticulação do projeto de atuação sindical socialista e transformador. A partir da eleição de Lula e da institucionalização das organizações construídas pela classe trabalhadora brasileira nos últimos anos, expressa na capitulação da Central Única dos Trabalhadores ao Estado, foram retirados direitos conquistados com muita luta, podemos citar como exemplo a reforma da Previdência, que foi um duro golpe contra os servidores públicos, particularmente contra a categoria dos trabalhadores em educação. Recentemente as demissões na EMBRAER em que a CUT soube con antecedência e ocultou o fato dos trabalhadores e do Sindicato, configurou mais uma atitude que demonstra o papel de agente governista e patronal assumido por esta central sindical.




A vanguarda sindical brasileira tem vivido uma dura realidade e uma difícil tarefa de tentar unificar todos aqueles que querem lutar contra as medidas neoliberais do governo Lula numa só central, isso tem levado o conjunto da militância a ficar sem uma referência unificada, dividindo os esforços do movimento sindical combativo e de luta, o que pode enfraquecer nossa resistência contra os novos ataques que são propostos pelo projeto conservador e que estão engavetados, esperando o melhor momento político para serem implantados como é o caso das anti-reformas: sindical, trabalhista e previdenciária.



Dentro dessse contexto, fortalece-se a proposta de unificação dos dois principais projetos originados da ex-esquerda da CUT: CONLUTAS e INTERSINDICAL, além de outras organizações sindicais, estudantis, populares e sociais. Nesse sentido no mês de abril desse ano realizou-se em São Paulo o I Seminário Nacional integrado por todos estes setores com o objetivo de construir uma nova ferramenta de luta por salário, emprego, moradia, terra, saúde, educação e demais reivindicações da classe trabalhadora, além da luta contra a opressão das mulheres, dos negros e índios, enfim toda forma de discriminação racial ou homofóbica.

 
Agora é necessário dar um passo à frente, nesse sentido o II Congresso Nacional do PSOL, decide que o partido adotará todos os esforços de sua intervenção nos movimentos sociais, sindical e estudantil, defendendo a unificação dos lutadores numa única ferramenta de luta, tendo como princípios a ação direta, devendo ser um instrumento a serviço das lutas, com independência frente às organizações burguesas e tendo como estratégia a luta pela construção de uma sociedade socialista e o fim do capitalismo.


Este texto faz parte da tese: "PSOL NA LUTA COM OS TRABALHADORES PARA CONSTRUIR O SOCIALISMO!", apresentada no II CONGRESSO ESTADUAL E NACIONAL DO PSOL em São Paulo.

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