quinta-feira, 3 de junho de 2010

Onde está a senhora inclusão?

Onde está a senhora inclusão?


“Representação pede cancelamento de assembleia

dos Servidores Municipais de São Bernardo do Campo

para assegurar de fato a tão propalada inclusão”.


No dia 26 de abril de 2010, foi protocolada na Promotoria de Justiça da Comarca de São Bernardo do Campo, uma representação onde acusa a administração de “manipular o resultado da assembleia sindical ocorrida no dia 15 de abril de 2010”.
Segundo a representação, no dia 18 de fevereiro de 2010 o Sindicato da categoria protocolou uma pauta de reivindicação junto a administração municipal, que ao invés de atendê-la, optou por implementar ações com o objetivo de conter e manipular a ação sindical da categoria
Segundo consta nos autos “oficio rede 63/2010-GSE, da diretora da Secretaria de Educação do município convocando os auxiliares de limpeza, comprova a interferência indevida da administração, na assembleia. Fica claro no oficio o caráter obrigatório das ditas reuniões bem como o emprego indevido de recursos públicos para tal finalidade, pois das ditas reuniões bem como o emprego indevido de recursos públicos para tal finalidade, pois o documento final afirma textualmente que os servidores deveriam assinar uma folha de presença e que seria disponibilizado o vale transporte para os mesmos”.
A partir dessa clássica manobra os mesmos em assembléia alteraram o coro e aprovaram as propostas de interesse da administração. Ainda segundo a representação, cerca de 8 mil servidores foram excluídos das propostas aprovadas. Claro que a partir dessa prática, derivam várias questões de natureza ética, trabalhista, de desrespeito ao direito de livre associação sindical e a inversão do papel patronal promovendo a ingerência nas entidades sindicais dos trabalhadores, na busca de obter resultado de interesse da administração em detrimento dos interesses e direitos do conjunto dos servidores municipais.
A experiência sindical do Prefeito nesse particular está a serviço da imposição de políticas dirigidas e fraudulentas, que visa dividir para melhor governar, desrespeitando a tão necessária independência dos sindicatos em relação, aos patrões e governos.
Segundo reportagem publicada no Diario do Grande ABC, para o especialista em direito público Everson Tobaroela “a situação pode ser caracterizada como abuso de poder político e de autoridade. Não se pode interferir no processo de escolha de cada um”.
Ainda segundo o Dr. Horacio Neto, “de fato existe um flagrante desrespeito aos interesses de grande parcela dos trabalhadores municipais e essa representação tem condições de prosperar”.
Por último, a referida representação pede a anulação da assembleia realizada no dia 15 de abril de 2010, uma vez que a manutenção da mesma, caracteriza-se nitidamente o desrespeito a livre associação sindical bem como a exclusão de mais de 80% dos servidores municipais aos benefícios que tem direito.
Nada obsta que parcela da categoria obtenha aumento, benefícios ou promoção. Todavia, uma administração cujo lema é o governo da inclusão, adote uma postura de exclusão para com os aliados da administração e da população municipal. Conforme reportagem recente, funcionários que participaram do esquema montado cobram as promessas feitas pela administração, confirmando assim as denúncias apresentadas na representação citada, justificando dessa forma a anulação de fato da referida assembleia.
Esperamos que o Sindicato da categoria assuma essa representação, defenda os reais interesses dos servidores com independência e a lisura necessária diante da Administração .
Entendemos também que a Central Única dos Trabalhadores esgotou seu projeto de defensor e representante dos reais interesses dos trabalhadores, justificando assim a criação de um novo projeto que viabilize de fato a efetiva representação sindical de uma nova central sindical a altura da representação e dos interesses da classe trabalhadora.
Fica então a indagação a Administração Luiz Marinho e a população atendida pelos servidores públicos municipais: Como explicar o lema de um governo que em nome da inclusão pratica ações devisionistas e de exclusão da maioria dos servidores?



Mudar é preciso!!!





Aldo Santos. Sindicalista, Coordenador da corrente política TLS, Presidente da Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo e Dirigente Nacional do Psol.(22/05/2010)

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